Sabiamente a separação do dia e da noite é o fôlego para o recomeço. O descanso a noite faz as forças físicas e psicológicas surgem juntos com o novo dia. Para mim, tudo recomeça em todas as manhãs.
Entretanto, existe rotinas que somos obrigados a cumprir. E, como toda obrigação, chega o tempo que você simplesmente não suporta mais. Uma intervenção divina para esses casos seria perfeito. Nem tudo é como queremos. Mas, muitas delas poderiam ser melhoradas e beneficiariam muitos.
O metrô da linha leste de São Paulo está clamando por socorro tem tempos. E eu, dentro dele todos os dias, também ! Chego no trabalho tão exausta que parece que as forças renovadas a cada manhã já precisam de dose extra !
É a linha mais cheia, os trens mais antigos, são menores. Não possuem barras no meio, as pessoas mais altas apóiam-se no teto. A ventilação é pouca, pessoas passam mal aos montes no horário de pico. Várias paradas fora da estação. Por conta do volume de trens na linha, existe um congestionamento nos trilhos e, ouvimos por muitas vezes aquela voz misteriosa: “ Paramos para aguardar a movimentação do trem a frente.”
O Brás. A estação Brás é um capítulo a parte. Qualquer dia descrevo com exatidão o que acontece por lá...quem não utiliza a linha leste, não tem idéia e com certeza pensa que é um exagero. Para quem passar por lá diariamente como eu, sabe que tudo o que se fala, ainda é pouco ! Em resumo, quando o trem para nesta estação, já tem gente saindo pelas tampas e, não haveria como entrar mais ninguém. Mas eis que esse é o lugar que desafia as leis da física e, uma multidão entra mesmo você não acreditando que isso não seria mais possível.
Da estação Vila Matilde até a central Sé, se o metro fosse rápido e parasse somente nas estações, o trajeto levaria 20 minutos. Mas no dia a dia ele se transforma em mais de uma hora facilmente. No mundo perfeito dos transportes, ao chegarmos na plataforma já deveríamos entrar no 1º metrô que encostasse. Não é assim. As vezes é necessário esperar de 5 a 6 trens para chegar próximo a plataforma e, isso em dia normal sem chuva...como a linha é descoberta, quando chove, o metrô anda a passos de tartaruga.
Não sei dar a solução, mas acredito haver várias formas de melhorar as acomodações. Os trens que circulam na Paulista por exemplo, possuem um ar condicionado forte, são bem mais largos e possuem barras de ferros a mais que facilitam sua vida.
Enfim, se nada for feito, em pouco tempo o metrô estará cobrando passagem panorâmica.